Conceito de Impacto Ambiental:
Ø Impacto ambiental deve ser entendido como um desequilíbrio provocado por um choque, um "trauma ecológico", resultante da ação do homem sobre o meio ambiente, causando o “desiquilíbrio ecológico”.
Ø Dessa forma, pode ser resultado de acidentes naturais: a explosão de um vulcão, o choque de um meteoro, um raio, etc.
ØMas devemos dar cada vez mais atenção aos impactos causados pela ação do “homem”. Mas quem é esse homem genérico, agente vago que muitas vezes é responsabilizado por tudo?
Ø Quando dizemos que o homem causa os desequilíbrios, obviamente estamos falando do sistema produtivo construído pela humanidade ao longo de sua história. Estamos falando particularmente do capitalismo e de todo o seu sistema baseado, em primeiro lugar, na obtenção de lucro.
Ø Assim, o limite entre o homem submisso a natureza e senhor dela é marcado, pela Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX. Os impactos ambientais passaram acrescer em ritmo acelerado, chegando a provocar desequilíbrio não mais localizado, mas em escala global.
ESCALAS DE ABRANGÊNCIA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
ØOs impactos ambientais podem ocorrer em três escalas de abrangência:
1)Global: quando as conseqüências impacto atingem áreas grandes a nível mundial;
Ex.: emissão excessiva de CO2 (prejudica a atmosfera como um todo e contribui para o efeito estufa e as doenças respiratórias);
2) Regional: quando as conseqüências do impacto atingem áreas “regionais” (continente, país, região ou estado);
Ex.: poluição de rios, como o Tietê (afetas algumas regiões do estado de São Paulo) ou o Gravataí (afeta o abastecimento e a biodiversidade da Região Metropolitana de Porto Alegre);
3) Local: quando as conseqüências do impacto atingem áreas reduzidas, como uma cidade ou vila ou até mesmo um bairro ou uma rua;
Ex.: local = uma fabrica de papel que em geral gera um odor não muito agradável mas só é percebido quando se está muito próximo ou o alagemento de uma rua em função de um transbordamento de uma “boca de lobo” (saída para esgoto pluvial).
Os Impactos ambientais também podem, por lógica, flutuar em mais de uma escala de abrangência, como consequência. Vejamos:
ØPodemos diferenciar os impactos ambientais em escala local, regional e global. Podemos também separá-los naqueles ocorridos em um ecossistema natural, em um ecossistema agrícola ou em um sistema urbano, embora um impacto, à primeira vista ocorrido em escala local, possa Ter também conseqüências em escala global:
Por exemplo: a devastação de florestas tropicais por queimadas para a introdução de pastagens pode provocar desequilíbrios nesse ecossistema natural: extinção de espécies animais e vegetais, empobrecimento do solo, assoreamento dos rios, menor índice pluviométrico, etc.
Além disso, a emissão de gás carbônico como resultado da combustão das árvores vai colaborar para o aumento da concentração desse gás na atmosfera, agravando o "efeito estufa". Assim, os impactos localizados, ao se somarem, acabam tendo um efeito também em escala global.
O que remete a nossa característica de “ciclos” nos ambientes e áreas de abrangência dos Impactos Ambientais.
ORIGEM:
Ø Mesmo sendo promovidos por ações propriamente naturais, como a ação dos vulcões (liberação de Flúor, CO2 e SO2), os impactos ambientais são intensificados pelo mal uso humano dos recursos naturais...
OS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS NO MUNDO DE HOJE
Atividades humanas realizadas:
- Extração da madeira para fins comerciais e instalação de projetos agropecuários; Implantação de projetos de mineração; Construção de usinas hidrelétricas; Propagação do fogo resultante de incêndios;
1) Desmatamento:
As principais conseqüências do desmatamento são:
- Destruição da biodiversidade;
- Genocídio e etnocídio das nações indígenas;
- Erosão e empobrecimento dos solos;
- Enchente e assoreamento dos rios;
- Diminuição dos índices pluviométricos;
- Elevação das temperaturas;
- Desertificação e Arenização;
- Proliferação de pragas e doenças;
Desmatamento: principais conseqüências:
Ø A 1ª conseqüência do desmatamento é a destruição da biodiversidade (quantidade e variedade biológica), como resultado da diminuição ou, muitas vezes, da extinção de espécies vegetais e animais. As florestas tropicais tem uma enorme biodiversidade e um incalculável valor para as futuras gerações. Muitas espécies que podem ser a chave para a cura de doenças, usadas na alimentação ou como novas matérias-primas, são totalmente desconhecidas do homem urbano-industrial e correm o risco de serem destruídas antes mesmo de conhecidas e estudadas.
Ø Um efeito muito sério, local e regional, do desmatamento é o agravamento dos processos erosivos (Erosão). A erosão é um fenômeno natural, que é absorvido pelos ecossistemas sem nenhum tipo de desequilíbrio:
- Em uma mata ou floresta, as árvores servem de anteparo para as gotas das chuvas, que escorrem pelos seus troncos, infiltrando-se no subsolo. Além de diminuir a velocidade de escoamento superficial, a vegetação evita o impacto direto das chuvas como o solo e suas raízes ajudam a retê-lo, evitando a sua desagregação. A retirada da cobertura vegetal expõe o solo ao impacto das chuvas. As conseqüências dessa interferência humana são várias (outros impactos relacionadaos):
Ø A retirada da cobertura vegetal expõe o solo ao impacto das chuvas. As conseqüências dessa interferência humana são várias:
- aumento do processo erosivo, o que leva a um empobrecimento dos solos, como resultado da retirada de sua camada superficial e, muitas vezes, acaba inviabilizando a agricultura;
- assoreamento de rios e lagos, como resultado da elevação da sedimentação, que provoca desequilíbrios nesses ecossistemas aquáticos, além de causar enchentes e, muitas vezes, trazer dificuldades para a navegação;
- extinção de nascentes: o rebaixamento do lençol freático, resultante da menor infiltração da água das chuvas no subsolo, muitas vezes pode provocar problemas de abastecimento de água nas cidades e na agricultura;
- diminuição dos índices pluviométricos (chuva), em conseqüência do fenômeno descrito acima, mas também do fim da evapotranspiração. Estima-se que metade das chuvas caídas sobre as florestas tropicais são resultantes da evapotranspiração, ou seja, da troca de água da floresta com a atmosfera;
- elevação das temperaturas locais e regionais, como conseqüência da maior irradiação de calor para a atmosfera a partir do solo exposto. Boa parte da energia solar é absorvida pela floresta para o processo de fotossíntese e evapotranspiração. Sem a floresta, quase toda essa energia é devolvida para a atmosfera em forma de calor, elevando as temperaturas médias;
- agravamento dos processos de desertificação e da arenização, devido à combinação de todos os fenômenos até agora descritos: diminuição das chuvas, elevação das temperaturas, empobrecimento dos solos e, portanto, acentuada diminuição da biodiversidade;
- redução ou fim das atividades extrativas vegetais, muitas vezes de alto valor socioeconômico. É importante perceber que, muitas vezes, compensa mais, em termos sociais, ambientais e mesmo econômicos, a preservação da floresta, que pode ser explorada de forma sustentável, do que sua substituição por outra atividade qualquer;
- proliferação de pragas e doenças, como resultado de desequilíbrios nas cadeias alimentares. Algumas espécies, geralmente insetos, antes em nenhuma nocividade, passam a proliferar exponencialmente com a eliminação de seus predadores, causando graves prejuízos, principalmente para a agricultura.
Ø Além desses impactos locais e regionais da devastação das florestas, há também um perigoso impacto em escala global. A queima das florestas, seja em incêndios criminosos, seja na forma de lenha ou carvão vegetal para vários fins (aliás, a queima de carvão vegetal vem aumentando muito na Amazônia brasileira, como resultado da disseminação de usinas de produção de ferro gusa, principalmente no Pará), tem colaborado para aumentar para aumentar a concentração de gás carbônico na atmosfera. É importante lembrar que esse gás é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa.
2) Erosão: (desagregação de parte do material do solo.
Ocorre principalmente na zona tropical do planeta. O revolvimento do solo antes do cultivo desagrega-o, facilitando o carregamento dos minerais pela água das chuvas.
Ø A perda de milhares de toneladas de solo agricultável todos os anos, em conseqüência da erosão, é um dos mais graves problemas enfrentados pela economia agrícola.
Ø O processo de formação de novos solos, como resultado do intemperismo das rochas, é extremamente lento, daí a gravidade do problema. Toda atividade agrícola favorece o processo erosivo, mas algumas culturas facilitam-no mais que outras. (Obs.: em regiões tropicais, que são mais úmidas, há maior formação de solos).
O combate à erosão:
- Terraceamento: consiste em fazer cortes formando degraus - os terraços - nas encostas das montanhas, o que, além de possibilitar a expansão das áreas agrícolas em países montanhosos e populosos, dificulta, ao quebrar a velocidade de escoamento da água, o processo erosivo. Essa técnica é muito comum em países asiáticos, como a China, o Japão, a Tailândia; o Nepal, etc.
- Curvas de nível: esta técnica consiste em arar o solo e depois fazer a semeadura seguindo as cotas altimétricas do terreno, o que por si só já reduz a velocidade de escoamento superficial da água da chuva. Para reduzi-la ainda mais, é comum a construção de obstáculos no terreno, espécies de canaletas, com terra retirada dos próprios sulcos resultantes da aração. Com esse método simples, a perda de solo agricultável é sensivelmente reduzida. O cultivo seguindo as curvas de nível é feito em terrenos com baixo declive, propício a mecanização. É comum em países desenvolvidos, onde a agricultura é bastante mecanizada: Grandes Planícies, nos EUA e no Canadá; planície Champagne, na França; Grande Bacia Australiana, etc.
- Associação de culturas: em cultivos que deixam boa parte do solo exposto à erosão (algodão, café, etc.), é comum plantar, entre uma fileira e outra, espécies leguminosas (feijão, por exemplo), que recobrem bem o terreno. Essa técnica, além de evitar a erosão, garante o equilíbrio orgânico do solo.
Algumas outras considerações sobre a Erosão:
ØO Ravinamento:
Quando correntes subterrâneas de água removem a camada de sustentação da superfície, enormes depressões se abrem no solo, fazendo buracos que chegam a 100 metros de profundidade: estes buracos são chamados de ravinas.
As ravinas ocorrem quando o subsolo é composto de calcário, rochas carbonáticas, mantos de sal ou qualquer outra rocha que seja facilmente erodida pelo fluxo de água.
Na Guatemala, o ciclone Agatha formou fortes torrentes subterrâneas. Uma das consequências foi uma enorme ravina de 60 metros de profundidade no centro da Cidade da Guatemala.
Um prédio de três andares foi engolido pelo fenômeno.
ØO Ravinamento da Guatemala: formação de processos de VOÇOROCA gigantescos.
Na Guatemala, o ciclone Agatha formou fortes torrentes subterrâneas. Uma das consequências foi uma enorme ravina de 60 metros de profundidade no centro da Cidade da Guatemala.
Um prédio de três andares foi engolido pelo fenômeno.
3) Poluição com agrotóxicos:
Ø A padronização dos cultivos, ou seja, o plantio de uma única espécie em grandes extensões de terra - nos EUA, por exemplo, há a predominância de determinada cultura em algumas regiões do país, definindo os cinturões (belts) do trigo (wheat-belt), do milho (corn belt), do algodão (cotton belt), etc. -, tem causado desequilíbrios nas cadeias alimentares preexistentes, favorecendo a proliferação de vários insetos, que se tornaram verdadeiras pragas com o desaparecimento de seus predadores naturais: pássaros, aranhas, cobras, etc.
Ø Por outro lado, a maciça utilização de agrotóxicos, na tentativa de controlar tais insetos, tem levado, por seleção natural (quando só se reproduzem os elementos imunes ao veneno), à proliferação de linhagens resistentes, forçando a aplicação de inseticidas cada vez mais potentes. Isso, além de causar doenças nas pessoas que manipulam e aplicam esses venenos e naquelas que consomem os alimentos contaminados, tem agravado a poluição dos solos.
ØA utilização indiscriminada de agrotóxicos tem acelerado a contaminação do solo, empobrecendo-o, ao impedir a proliferação de microorganismos fundamentais para a sua fertilidade.
4) O efeito estufa:
Ø O Efeito estufa é um fenômeno natural e fundamental para a vida na Terra. O efeito estufa, que consiste na retenção de calor irradiado pela superfície terrestre, pelas partículas de gases e de água em suspensão na atmosfera, garante a manutenção do equilíbrio térmico do planeta e, portanto, a sobrevivência das várias espécies vegetais e animais. Sem isso, certamente, seria impossível a vida na Terra ou, pelo menos, a vida como conhecemos hoje.
Ø Assim, feita essa importante ressalva, o efeito estufa, de que tanto se fala ultimamente, resulta, a rigor de um desequilíbrio na composição atmosférica, provocado pela crescente elevação da concentração de certos gases que têm capacidade de absorver calor, como é o caso do metano, dos CFCs, mas principalmente do dióxido de carbono (CO2). Essa elevação dos níveis de CO2 na atmosfera se deve à crescente queima de combustíveis fósseis e das florestas, desde a Revolução Industrial.
Ø Fazem-se previsões catastróficas acerca do derretimento do gelo dos pólos e das montanhas e a conseqüente elevação do nível dos oceanos e inundação de centenas de cidades litorâneas. Talvez o que mais assuste no efeito estufa, ou melhor, nas possíveis conseqüências de uma gradativa elevação das médias térmicas no planeta, é a tomada de consciência, pela primeira vez na história, da possibilidade de destruição do próprio homem. Os impactos ambientais são "democratizados", ou seja, passam a atingir todas as pessoas, sem distinção de cunho econômico, social ou cultural: atingem indistintamente homens e mulheres, ricos e pobres, operários e patrões, negros e amarelos, desenvolvidos e subdesenvolvidos, capitalistas e socialistas, liberais e conservadores. Não há mais refúgio seguro. Todos finalmente passam a Ter plena consciência do óbvio: a Terra é finita e a tecnologia não pode resolver todos os seus problemas.
Ø Assim, segundo pesquisas feitas, admite-se que uma duplicação na concentração de dióxido de carbono na atmosfera pode provocar uma elevação média de 3ºC na temperatura terrestre, o que poderia elevar em uns 20 centímetros, em média, o nível dos oceanos. Isso seria resultante da fusão do gelo do topo das montanhas, da fusão do gelo que recobre as terras polares e também da dilatação da água dos mares. Uma elevação dos oceanos, ainda que de 20 centímetros em média, já seria suficiente para causar transtornos a cidades litorâneas.
5) Inversão Térmica:
Ø Fenômeno meteorológico que ocorre principalmente em metrópoles e principais centros urbanos. As radiações solares aquecem o solo e o calor que fica retido no mesmo irradia-se, aquecendo as camadas mais baixas da, atmosfera. As camadas mais baixas da artmosfera, já que estão quentes, ficam menos densas e tendem a subir, formando correntes de convecção do ar. Os poluentes, já que mais quentes que o ar (portanto, menos densos), sobem e irão dispersar-se nas camadas mais altas da atmosfera. (fenômeno normal).
Ø Esse é o fenômeno normal. Mas quando há duas massas de ar diferentes, o ar quente passa sobre o ar frio, ficando assim acima dele. Por ser mais denso, o ar frio que ficou embaixo não sobe e o ar quente que ficou em cima do frio não desce, por ser menos denso. Na intersecção do ar quente e frio, forma-se uma capa que não deixa que os gases poluentes e tóxicos passem para as camadas mais altas da atmosfera. A isso dá-se o nome de Inversão Térmica.
Ø Assim, esses gases dispersam-se na atmosfera, criando uma névoa sobre a cidade ou município. Essa névoa é composta de gases tóxicos e poluentes, que são prejudiciais à saúde. Ocorre geralmente nos dias frios do inverno, onde a formação de frentes frias é maior. Quando há deslocamento horizontal dos ventos, a camada de ar frio é carregada e o ar quente desce, assim acabando com a inversão térmica. Os problemas de saúde causados pela inversão térmica são, entre outros: pneumonia, bronquite, enfisemas, agravamento das doenças cardíacas, mal-estares, irritação nos olhos.
6) Ilhas de Calor:
Ø Uma cidade pode ter vários picos de temperatura espalhados pela mancha urbana, caracterizando assim várias ilhas de calor.
Ø Uma região fortemente edificada e industrializada como Porto Alegre – Canoas apresenta picos de temperatura mais elevados do que a região de Osório, ainda com bastante áreas verdes. As cidades apresentam temperaturas médias maiores do que as zonas rurais de mesma latitude. Dentro delas, as temperaturas aumentam das periferias em direção ao centro. Em casos extremos, a diferença de temperatura entre as zonas periféricas e o centro pode atingir até 10ºC.
ØEsse fenômeno, resulta de muitas alterações humanas sobre o meio ambiente. O uso de grande quantidade de combustíveis fósseis em aquecedores, automóveis e indústrias transforma a cidade em uma fonte inesgotável de calor. Os materiais usados na construção, como o asfalto e o concreto, servem de refletores para o calor produzido na cidade e para o calor solar. De dia, os edifícios funcionam como um labirinto de reflexão nas camadas mais altas de ar aquecido. À noite a poluição do ar impede a dispersão de calor. As áreas centrais de uma cidade concentram a mais alta densidade de construções, bem como atividades emissoras de poluentes.
ØA massa de ar quente carregada de material particulado que se forma sobre essas áreas tende a subir até se resfriar. Quando se resfria, retorna a superfície, dando origem a intensos nevoeiros na periferia da mancha urbana. Daí, volta à região central. É um verdadeiro círculo vicioso de fuligem e poeira. Apesar de todo esse calor, as grandes cidades recebem em média menos radiação solar do que as áreas rurais. É que a poeira suspensa no ar absorve e reflete a radiação antes que ela atinja a superfície. Entretanto, a produção de calor realizadas pelas construções urbanas compensam essa perda.
Ø Bairros fabris pouco arborizados tendem a ser mais quentes que bairros residenciais de luxo, com baixa densidade de construção e muitas áreas verdes. Mas quais são as conseqüências desse leve aumento das temperaturas? Quais são as conseqüências do surgimento desses microclimas urbanos?
ØA elevação da temperatura nessas áreas centrais da mancha urbana facilita ascensão do ar, quando não há inversão térmica, formando uma zona de baixa pressão. Isso faz com que, os ventos soprem, pelo menos durante o dia, para essa região central, levando muitas vezes, maiores quantidades de poluentes. Assim, sobre a zona central da mancha urbana forma-se uma "cúpula" de ar pesadamente poluído (smog fotoquímico).
ØUma das formas de evitar a formação dessas ilhas de calor é a manutenção de áreas verdes nos centros urbanos, pois a vegetação altera os índices de reflexão do calor e favorece a manutenção da umidade relativa do ar.
7) Chuva ácida:
A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de enxofre (SO2) e de nitrogênio (N2O3) na atmosfera. Esses gases combinam-se com o hidrogênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de água. O resultado são as chuvas ácidas.
ØAs águas da chuva, assim como a geada, neve e neblina, ficam carregadas de ácido sulfúrico ou ácido nítrico. Ao caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações. Inicialmente, é preciso lembrar que a água da chuva já é naturalmente ácida. Devido à uma pequena quantidade de dióxido de carbono (CO2) dissolvido na atmosfera, a chuva torna-se ligeiramente ácida, atingindo um pH próximo a 5,6. Ela adquire assim um efeito corrosivo para a maioria dos metais, para o calcário e outras substâncias.
Ø Quando não é natural, a chuva ácida é provocada principalmente por fábricas e carros que queimam combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Desta poluição um pouco se precipita, depositando-se sobre o solo, árvores, monumentos, etc.
ØSegundo o Fundo Mundial para a Natureza, cerca de 35% dos ecossistemas europeus já estão seriamente alterados e cerca de 50% das florestas da Alemanha e da Holanda estão destruídas pela acidez da chuva. Na costa do Atlântico Norte, a água do mar está entre 10% e 30% mais ácida que nos últimos vinte anos. Nos EUA, onde as usinas termoelétricas são responsáveis por quase 65% do dióxido de enxofre lançado na atmosfera, o solo dos Montes Apalaches também está alterado: tem uma acidez dez vezes maior que a das áreas vizinhas, de menor altitude, e cem vezes maior que a das regiões onde não há esse tipo de poluição.
Ø Monumentos históricos também estão sendo corroídos: a Acrópole, em Atenas; o Coliseu, em Roma; o Taj Mahal, na Índia; as catedrais de Notre Dame, em Paris e de Colônia, na Alemanha. Em Cubatão, São Paulo, as chuvas ácidas contribuem para a destruição da Mata Atlântica e desabamentos de encostas. A usina termoelétrica de Candiota, em Bagé, no Rio Grande do Sul, provoca a formação de chuvas ácidas no Uruguai.
Ø Outro efeito das chuvas ácidas é a formação de cavernas.
•PREJUÍZOS PARA O HOMEM:
•
SAÚDE: A chuva ácida libera metais tóxicos que estavam no solo. Esses metais podem alcançar rios e serem utilizados pelo homem causando sérios problemas de saúde.
PRÉDIOS, CASAS, ARQUITETURA: a chuva ácida também ajuda a corroer os materiais usados nas construções como casas, edifícios e arquitetura, destruindo represas, turbinas hidrelétricas, etc.
•PREJUÍZOS PARA O MEIO AMBIENTE:
LAGOS: os lagos podem ser os mais prejudicados com o efeito da chuva ácida, pois podem ficar totalmente acidificados, perdendo toda a sua vida.
DESMATAMENTOS: a chuva ácida faz clareiras, matando duas ou três árvores. Imagine uma floresta com muitas árvores utilizando mutuamente, agora duas árvores são atingidas pela chuva ácida e morrem, algum tempo após muitas plantas que se utilizavam da sombra destas árvores morrem e assim vão indo até formar uma clareira. Essas reações podem destruir florestas.
1) Desmatamento: conseqüências legais:
Ø Atualidade do Brasil:
Mudança no Código Florestal (2011):
Desmatamento: conseqüências naturais:
TIPOS DE EROSÃO:
Erosão pela ÁGUA apresenta-se em seis diferentes formas, a seguir:
Lençol:
Lençol:
Superficial ou laminar; desgasta de forma uniforme o solo. Em seu estágio inicial é quase imperceptível, já quando avançado o solo torna-se mais claro (coloração), a água de enxurrada é lodosa, raízes de plantas perenes afloram e há decréscimo na colheita.
Sulcos:
Canais ou ravinas; apresenta sulcos sinuosos ao longo dos declives, estes formados pelo escorrimento das águas das chuvas no terreno. Uma erosão em lençol pode evoluir para uma erosão em sulcos, o que não indica que uma iniciou em virtude da outra. Vários fatores influem para o seu surgimento, um deles é a aração que acompanha o declive, resultando em desgaste, empobrecimento do solo e posterior dificuldade para manejo com sulcos já formados.
Embate (efeito splash):
Ocorre pelo impacto das gotas de chuva no solo, estando este desprovido de vegetação; partículas são desagregadas sendo facilmente arrastadas pelas enxurradas. Já as partículas mais finas que permanecem em suspensão, atingem camadas mais profundas do solo por eluviação, pode acontecer destas partículas encontrarem um horizonte que as impeça de passar provocando danos ainda maiores.
Desabamento:
Têm sua principal ocorrência em terrenos arenosos, regossóis em particular. Sulcos deixados pelas chuvas sofrem novos atritos de correntes d''água vindo a desmoronar, aumentando suas dimensões com o passar do tempo, formando voçorocas.
Vertical:
É a eluviação, o transporte de partículas e materiais solubilizados através do solo. A porosidade e agregação do solo influenciam na natureza e intensidade do processo podendo formar horizontes (camadas de solo) de impedimento ou deslocar nutrientes para e pelas raízes das plantas.
Queda:
Se dá com a precipitação da água por um barranco, formando uma queda d''água e provocando o solapamento de sua base com desmoronamentos periódicos originando sulcos. É de pequena importância agrícola.
Erosão pelo Vento (eólica):
Consiste no transporte aéreo ou por rolamento das partículas erodidas do solo, sua importância é grande onde são comuns os ventos fortes. Esta ação é melhor notada em regiões planas principalmente do planalto central e em alguns pontos do litoral. Em regiões onde o teor de umidade do solo é mais elevado o evento ocorre em menor intensidade.
* Um dos principais danos causados pela erosão eólica é o enterramento de solos férteis; os materiais transportados mesmo de longas distâncias sedimentam-se recobrindo camadas férteis.
Erosão pelas Ondas:
Ondas são formadas pela ação conjunta de vento e água, seus efeitos são notados em ambientes lacustres, litorâneos e margens de rios.
O embate das águas (fluxo e refluxo) nas margens provoca o desagregamento de material, permanecendo este suspenso sendo depositado posteriormente no fundo dos rios, lagos, mares etc.
* Quando se fala em solos e erosão, surgem alguns fatores determinantes da erosão classificados como extrínsecos e intrínsecos.
Extrínsecos: Naturais - chuva, vento e ondas Ocasionais - cobertura e manejo do solo.
Intrínsecos: Topografia - declividade e comprimento da rampa e propriedades do solo.
LIXO URBANO
Ø Atualmente, a geração de resíduos sólidos apresenta-se como um problema de graves proporções por causa da grande quantidade produzida diariamente e da potencialidade do lixo em se transformar em foco de doenças, de contaminação do solo, do ar e das águas.
Ø A característica do problema referente ao lixo urbano está desde a sua origem até a sua disposição (destruição) final.
Ø Mas, afinal, o que é “lixo”?
A Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do documento Agenda 21 (SÃO PAULO, 2003a), define o lixo ou resíduo(s) da seguinte forma:
* Os resíduos sólidos compreendem todos os restos domésticos e resíduos não perigosos, tais como os resíduos comerciais e institucionais, o lixo da rua e os entulhos de construção. Em alguns países, o sistema de gestão dos resíduos sólidos também se ocupa dos resíduos humanos, tais como excrementos, cinzas de incineradores, sedimentos de fossas sépticas e de instalações de tratamento de esgoto. Se manifestarem características perigosas, esses resíduos devem ser tratados como resíduos perigosos.
Os termos lixo e resíduo (sólido) serão tratados como sinônimos. Complementarmente, será adotada a seguinte definição dada por Rodrigues (1998) para lixo urbano (ou resíduos sólidos urbanos):
“corresponde aos agregados de materiais de consumo da população - lixo doméstico e o das atividades essenciais da dinâmica urbana”.
Essa “dinâmica urbana”, no contexto tratado, se traduz por produção de lixo e, apesar da geração de lixo faz parte do cotidiano do ser humano, o problema se agrava frente ao contínuo crescimento da população humana e sua respectiva concentração em centros urbanos que, aliado a um modo de vida baseado na produção e no consumo (e consumismo) cada vez mais rápidos de bens são fatores que contribuem e, talvez, sejam os principais responsáveis pela grande quantidade dos resíduos sólidos gerados diariamente neste planeta.
O lixo além de ser um problema ambiental no Brasi, também pode ser considerado um problema econômico (gastos para remoção de 240 toneladas diárias). Um simples ato de jogar um papel na rua acarreta a contratação de milhares de garis, produção de milhões de quilos de lixo e riscos a saúde humana.
Ø Algumas cidades estão adotando fornos de incineração de lixo, permitindo reduzir o volume desse material (porém há a poluição do ar que essa queima do material gera. Outra forma de tratar o lixo é criar aterros sanitários, que diminuem o contato urbano com o lixo. Nos aterros o lixo é lançado no solo e compactado através de tratores (pode gerar problemas de contaminação do solo e lençóis freáticos).
Ø O lixo urbano parece ser um problema sem solução. Todas as formas de tratamento atuais geram algum outro problema. Os aterros apesar das vantagens de desvantagens apresentadas são caros. A melhor forma de auxiliar com o lixo é a diminuição do mesmo.
Apesar das inúmeras tecnologias diferentes desenvolvidas para processar o lixo, a melhor saída (mais econômica) parece estar ligada a mudança de comportamento das pessoas.
Alternativas para “auxiliar” o problema do lixo:
•Menor produção de lixo por pessoa;
•Reciclar, doar e ter outras finalidades para embalagens, roupas, etc…
•Boas idéias (sacola reciclável, que já está sendo adotada em várias cidades do Brasil como meio de reduzir a utilização de sacos plásticos);
•Aterros sanitários, que seguem procedimentos de segurança, possuindo sistemas de drenagem e tratamento de resíduos.
Ø A formação do CHORUME (contaminação da água e do solo) e do GÁS METANO (CH4), que é um poluidor da atmosfera e também um dos gases estufa (o mais potente depois do CO2 nessa ação) são os principais poluentes oriundos da acumulação indevida e excessiva do lixo, principalmente urbano.
Ø O Metano é um composto orgânico, ou seja, proveniente como resíduo de uma forma de processo de decomposição da matéria orgânica, formador de hidrocarbonetos (HC’s - CH4), que também são gáses combustíveis, podendo ser aproveitados para a produção de energia.
Ø O ideal seria que “lixões” ou “aterros sanitários”, de forma geral, fozem pólos produtores de gás metano usado para a produção de energia;
Ø O metano também é conhecido como “Gás do Lixo” e “Gás dos Pântanos” (Banhados, no RS), pois nestes ambientes há intensos ciclos de mortandade de plantas e animais e a consequente decomposição intensa de matéria orgânica.
Aproveitem! =)